domingo, 2 de setembro de 2012

Predador

(Nervosismo se apodera do meu corpo. Suor escorrendo pela pele já umida, gota por gota. Coração palpita forte, quase que perceptível através da blusa. Passo acelerado, baque-baque do sapato na Pedra Portuguesa. Olhar periférico: ele continua lá, merda. Duas lágrimas caem dos olhos. Não. Não adianta chorar, mostre-se forte. Mordo os lábios prendendo o grito. A bolsa, o celular, a ligação. Mais rápido. Menos rápido, não pode correr. Viro a esquina. Olhar para a traseira: ele está ainda mais perto. E agora? Não desista, ainda pode dar certo. Cubra o pescoço, o cheiro pode atiçar alguma lembrança. Respire pelo nariz, não fique ofegante. Vamos!) Engulo o copo de uísque inteiro. De jeito nenhum vou permitir que o passado chegue até mim de novo.

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