domingo, 25 de novembro de 2012

Hey, Sir, Let me Tell You


I will call you an angel,
For there isn’t better word
To describe your scent, your smell
Even your soul.
The soul that kisses me
End rests on my mind
Making clocks spin backwards
Making my heart so blind.

I can try to say an only truth
But unfortunately my words
Are with you.
I offer my brain, my soul, my fate
To stay by you’re side,
In your heart
No matter when.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

No Ônibus do Metrô

Seus lábios úmidos me reconfortavam a cada vez que se apoiavam sobre a pele quente do meu pescoço. Na chuva os nossos sentimentos pulam do coração e enredam-se em nós nas gotas que despencam serenamente, friamente, poeticamente. E no meio daquele ônibus, meus olhos embaçavam aos poucos até  permanecer na minha íris apenas a beleza de seu rosto. Sentia a confiança e uma alegria jamais experimentada. Ali, naquele momento, éramos eu e você. E nada mais importava. Não importavam mais as brigas, os conflitos, a falta de identificação com algumas pessoas que amava. Naquele momento o único cheiro que chegava às minhas narinas era o da verdade que aflorava do meu peito. Nunca tinha usado palavras tão sinceras. Nunca amei alguém tão sinceramente como eu te amo. Naquele momento eu senti algo inexplicável, como se todo o passado fosse aquilo e como se todo o futuro congelasse ali. Sua mão acariciava a minha e sentamos no silêncio que nos abraçava e nos cobria. Nos amávamos mais que tudo. Em movimento tudo parecia em câmera lenta, tudo estava desenquadrado pois congelava nos seus olhos que me fitavam e me faziam sentir a mulher mais sortuda do mundo. Na chuva, meus pés se molhavam, minhas mãos procuravam as tuas. Segredos. Segredos que pulavam da sua boca numa dança que representava quase numa metáfora o nosso amor, e respeito, e carinho. Segredos que agora não eram seus apenas, eram nossos. Assim como meu amor... Assim como aquele momento.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Por Que Todo Mundo Dasabafa

As coisas na vida têm a dimensão que lhe designamos e algumas fases são marcadas pela presença do que eu gosto de denominar "pequenos conflitos". Não se deixe enganar pelo o adjetivo utilizado normalmente para designar a característica de "menor". Os pequenos conflitos são os piores. Como um coágulo de pequenas dimensões, um pequeno conflito, quando misturado a determinadas circunstâncias, pode fazer seu coração parar. Esses conflitos são os piores por que eles envolvem normalmente pessoas importantes, já que, se envolvessem pessoas odiadas, estes seriam conflitos enormes, complexos e assustadoramente ignoráveis. Um grande conflito ou a gente resolve com grandes gestos ou abraça a situação assimilando-a e acostumando-se a ela (claro que no caminho a gente sofre, e muito). Quando me deparo com um pequeno conflito não consigo deixar de vê-lo como uma imensa perda de tempo que nem ao menos permite o sentimento de grande culpa ou tristeza. Eles existem para irritar de forma sutil, sem ter coragem suficiente para jogar a verdade na nossa cara. E essa sutileza e essa máscara de boas aparências, escondem milhares de outras mágoas que ocupam nosso tempo inutilmente: os pequenos conflitos não têm solução. Com tantas coisas na vida o ser humano continua egocêntrico e, enquanto uns admitem o orgulho e egoísmo, outros tentam disfarçá-lo! O que é um pequeno probleminha na nossa rotina? No nosso círculo de amizades? É uma possibilidade para jogar com cada sensibilidade e cada "talão de Aquiles" que encontramos naquele em que depositamos o desconforto referente àquele pequeno conflito. O problema é esse, um pequeno conflito é apenas um reflexo equivocado e vacilante de uma grande auto-insatisfação. Então na boa, se está com algum probleminha comigo peço que você engula ou que venha admitir pra mim como ele realmente te incomoda. Chega de falsidade e de preocupações ridículas e fúteis, por favor. Tenho coisas muito mais importantes pra fazer.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ode às palavras

O que acontece com as palavras ditas? Elas mergulham no abismo do vácuo desde o trampolim da língua, encontrando no vazio, o cemitério das palavras. Estocadas ali, ficam à espreita de uma brecha para retornarem ao mundo nosso, pairando por entre os batons borrados dos amantes, por entre as lágrimas dos solitários ou por entre a fumaça dos fumantes. As palavras ditas encontram uma inércia incessantemente incomoda, pois paradas estão, e continuam paradas, e paradas continuam. Quando adentram nos ossículos do ouvido, elas falam entre elas e discutem quem chegará primeiro ou quem será perdida no caminho. As palavras têm vida própria e tem sinônimos, e a principal fobia é que caiam em desuso. As palavras são des tru            ídas com um sopro. As palavras ditas não precisam de metáforas, elas mesmas o são. Os vocábulos assassinam corações, aspirações, sonhos. Nada é mais poderoso do que uma palavra. E as palavras sabem disso, conhecem seu poder e psicopateiam os humanos indefesos. Escrever uma palavra é imortalizá-la, é aceitar sua real importância e atribuir-lhe o merecido valor. Uma palavra pode ser como um muro trincado e sem cimento e sem argamassa e sem espaço ou tempo. Uma palavra não tem tamanho específico, ela aumenta e diminui dependendo de onde é usada. As palavras não estão subordinadas à nada ou ninguém, elas são independentes e atrozes. Correm mais rápido que uma bala e mais devagar que uma lesma gosmenta. As palavras são o que nós somos. As palavras podem ser mentira, ou verdade. São como células do corpo, que absorvem nutrientes e os produzem. Por isso, faço uma ode à elas: agradeço e desagradeço. Mas continuo usando-as mais do que um bebê usa chupeta.